A CAMA O TAPETE E O CHUVEIRO

A CAMA O TAPETE E O CHUVEIRO

QUANDO SINTO

EM MEUS LÁBIOS

O SABOR DE SUA BOCA

RESPIRO O AR

QUE VOCÊ ASPIRA

E ESSE ÓPIO

CHEGA A MEU CÉREBO

FAZENDO BORBULHAR

A ADRENALINA

EM MINHASVEIAS

IRRIGANDO MEUS VASOS

ARREPIANDO MINHA PELE

ABRINDO MEUS POROS

PARA O SAL HUMANO

ME TEMPERAR

AUMENTANDO A LIBIDO

BEIJOS TRANSFORMAM-SE

EM MORDIDAS

LÍNGUAS TRANSFORMAM-SE

EM ESPADAS SEM GUME

CORPOS SE UNEM

SE COLAM

SE EMBOLAM

ROUPAS SE PERDEM

PELOS QUATRO CANTOS

DA CAMA REDONDA

QUE SE TORNA PEQUENA

PARA NÓS DOIS

E O TAPETE

BRANCO E MACIO

GRITA CALADO

ME USEM

MAS NÃO ME MACULEM

O CHUVEIRO SAFADO

JÁ ACOSTUMADO

A PRESENCIAR

O FIM DO ATO

QUENTE OU FRIO?

TANTO FAZ

E ASSIM...

LAVAMOS NOSSOS SEXOS

NESTA DUCHA

E VOLTAMOS AO INÍCO

O BEIJO MOLHADO

SEM MARCAS DE BATON.

Marcos Luiz

28/11/12

Marília SP.